Sexta-feira, 05/11/2010:
Hoje eu acordei num dia normal. É, normal. Mas aí, por volta das 06:40, eu passei por uma rua em que...eu vi o céu.
Toda manhã eu passava por lá, mas nunca havia reparado tão bem na beleza do céu como naquele dia.
E nenhum prédio atrapalhava minha vista privilegiada. Apenas alguns postes e fios, mas aquilo não era problema muito grande.
Eu vi as nuvens, que eram suavemente iluminadas pelo sol que acabara de dar um "sinal de vida".
Aquilo me encantou. Ah...as nuvens! Estavam lindas como nunca as tinha visto.
E com o olhar fixado naquelas singelas nuvens levadas vagarosamente pelo vento, eu refleti.
Pensei em quantas pessoas ainda param pra ver um singelo pôr-do-sol. Ou mesmo as nuvens. Pensei em até quando poderemos ver essas obras de arte feitas por um alguém "anônimo".
Que falta faria. E as próximas gerações? Eu penso que a minha geração pode ser a última a poder ver o céu no meio de uma rua. Me preocupo com isso. Com a maneira que o ser humano tem destruído a natureza. O pouco que nos resta; O verde das árvores, o azul do céu, o branco das nuvens que é escondido pela fumaça de escapamentos, de chaminés, de cigarros, de fogueiras.
Até onde o homem quer chegar com isso? Ele quer que a única cor a ser vista seja o cinza? Antigamente, as cores eram variadas, mas nas TVs, eram em preto, branco e cinza. Atualmente, as cores tem um pouco menos de diversidade, e as imagens das TVs, são coloridas. Ele parece querer chegar a um ponto em que as cores na vida (será que sobreviveremos?) sejam como as TVs antigas. Com cores sem-graça. Sem o azul, o verde, o amarelo. Falando nisso, e a bandeira do nosso Brasil? Será um mito.
Posso estar exagerando, mas pense, agora, temos a educação boa de alguns professores, algumas pessoas ao nosso redor. Mas e se os jovens de hoje não se concientizarem como eu?
E eu espero que, as próximas gerações possam ter aquela vista fabulosa do céu que tive naquela manhã.
